O diretor de competições da Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB) considerou hoje que se tratou de uma questão não desportiva a decisão de o Wesley Saunders ter de deixar de representar a Oliveirense.

© iStock

Desporto
Em declarações à agência Lusa, Gil Cruz adiantou que "a FPB tem acompanhado este processo desde o início e que já há algum tempo foi transmitido que o jogador não podia jogar, porque tinha questões no seu registo criminal" que levaram a Agência para a Integração Migrações e Asilo (AIMA) a decidir por impedir que Saunders continuasse a jogar em Portugal.
"O nosso papel aqui no fundo é de intermediário entre o clube e a AIMA, tentámos sempre ajudar, obviamente, o nosso clube, na medida do possível, mas também entendemos e o que temos de fazer é fazer cumprir a lei, portanto, no fundo é esta a nossa e tem sido sempre, a nossa postura com estes casos, e com este caso em concreto", assumiu.
Gil Cruz diz que neste momento não tem conhecimento de mais nenhum caso deste género, até porque "são analisados pela AIMA e não pela FPB", mas que, apesar de se estar a falar de atletas, "não é uma questão desportiva que o impede de continuar a jogar".
"Tem a ver com a nova lei de imigrações e é uma questão que é transversal a várias indústrias, não é só o basquetebol. Portanto, há uma série de requisitos que são impostos pelo Governo, por via da AIMA, e que qualquer estrangeiro que queira vir a ser profissional para Portugal, pelo menos fora do espaço Schengen, tem de cumprir. E nós estamos à mercê disso, portanto, não há grande envolvimento da nossa parte, porque não é uma questão de natureza desportiva, se assim fosse, obviamente, teríamos outro à vontade para falar sobre o assunto", referiu.
O dirigente reforçou que "não há grande margem de manobra" nesta situação e garantiu que a FPB, conhecedora da realidade dos clubes, tenta sempre guiá-los e ajudá-los nestes processos e "defendê-los também perante o Governo quando é necessário".